quarta-feira, 13 de julho de 2016

Reforço Positivo e Afetividade na sala de aula

Olá Leitores


Hoje eu trouxe para vocês um relato de uma experiência que vivenciei nesta semana.

Tenho uma aluna que apresenta certa dificuldade em matemática (como muitas crianças que conhecemos, não é mesmo?), apesar disso ela apreende bem os conteúdos e consegue realizar as atividades de maneira muito satisfatória em sala de aula. Porém quando se aproximam as avaliações, parece que tudo apaga da sua cabecinha e ela trava (quem já não vivenciou uma situação parecida). Apesar de falar para ela que ela consegue, que ela é boa e que ela sabe, a aluna não acredita em si mesma e qualquer coisa que erre já é motivo para falar que não consegue.
No último teste que fizemos ela apesar de em sala até está ajudando os colegas, quando fez o teste não conseguiu atingir a nota esperada, ficando bem abaixo da média. A partir de então começou a ficar cada dia mais nervosa, achando que não ia conseguir mais nada.
Só para reforçar, nas aulas, apesar da dificuldade conseguia realizar as tarefas, muitas vezes de maneira autônoma.
Hoje tínhamos prova de matemática, e como não tinha ido bem no teste, precisa praticamente gabaritar, para não ficar de recuperação.
Desde a semana passada que todos os dias chorava e falava que não ia conseguir, a família querendo e cobrando que ela conseguisse aprender e tirar uma boa nota, e consequentemente a auto-estima baixando. Eu e a professora de reforço todos os dias como consequência fazendo reforço positivo, falando que acreditávamos nela e sem seu potencial. Éramos carinhosas e trazíamos todos os dias um "pacotinho de confiança", parecia que nada adiantava.
Porém hoje a "temida" avaliação aconteceu, e começamos a conversar desde o inicio da aula, deixei que a mesma escolhesse se queria fazer a prova em sala ou sozinha (não foi minha surpresa que escolhesse fazer sozinha), assim aconteceu. Quando retornou para a sala, questionei se tinha achado fácil e um sorriso se abriu dizendo que tinha, mas a falta de confiança ainda estava ali alojada, e a aluna falou:
- Você pode olhar? Ver se eu consegui?
Eu, logicamente olhei e para surpresa dela e não minha, ela tinha ido super bem.
Ao falar isso para a aluna seus olhos encheram de lágrimas e enfim, um sorriso aliviado e uma confiança retornando aquele pequeno coração.

Conclusão: Quando já depois da saída eu organizando minhas coisas para ir embora, volta a aluna, me dá o abraço mais apertado que conseguiu, o sorriso mais feliz e diz: "Eu consegui". "Eu sei tia que agora eu vou sempre conseguir, não é mesmo?"

E pude dizer com a maior das certezas, pois ela vai conseguir.

O que tenho para dizer para vocês é que aprendemos todos os dias. Como pequenas palavras, um carinho e uma atenção incluem bem mais que tecnologias, pesquisas e instruções.

Como a afetividade e o reforço positivo podem mudar um ser. E fazer da falta de confiança uma escada para superar os limites. Como atitudes de nós professores, mesmo que tão pequenas para nós e tão "insignificantes" de praticar, se tornam as palavras mais importantes da vida de um aluno.

Então não exite, elogie, incentive, acredite quando nem mesmo o outro acredita, pois um simples olhar  e uma simples palavra muda a vida do outro e muito mais a sua.

Até a próxima.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Reportagem Fantástico - Álbum sensorial - Comentada

Olá Leitores

Com certeza muitos de vocês assistiram a reportagem do fantástico, sobre o casal de cegos que receberam um álbum sensorial do ensaio fotográfico que tinham feito de sua filha.
Gostaria de comentar, que não foi um pedido do casal, mas a sensibilidade da fotógrafa, que percebendo que os pais não poderiam ver as fotos da filha, resolveu pesquisar e criar o álbum para que os pais também tivessem a oportunidade de "ver" as fotos.
Além da foto da bebê, o álbum possuía a textura da roupa utilizada e também um descrição em Braille de tudo que estava na foto.

E é assim que nós mudamos as maneiras de ver o mundo. Quando falamos de inclusão, falamos de perceber a necessidade do outro e fazer o possível para que ele tenha as mesmas oportunidades que qualquer outra pessoa. Sensibilidade é o que move a inclusão, seja ela social, educacional ou humana. Ser inclusivo é ser sensitivo a ponto de perceber que o outro também merece.

Parabéns para a fotógrafa pela iniciativa e que seja exemplo para muitos outros trabalhos assim e também para inclusões mais efetivas em nossa sociedade.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Série TDAH - Transtorno Deficit de Atenção e Hiperatividade - Parte 6

Olá leitores

Como prometido, seguem algumas dicas para os professores que possuem alunos com TDAH. Não podemos nos esquecer que são dicas que podem ser utilizadas e não regras. Algumas dicas podem funcionar para uns e outras dicas para outras, assim é necessário conhecer o aluno e a turma em que ele se encontra, para saber quais dicas podem ser ou não utilizadas.

1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.

2 - Sempre dê um feedback positivo, quando o aluno alcançar o objetivo, mas isso deve ser feita de maneira imediata, logo após a conclusão da tarefa.

3 - Trabalhar em duplas ou grupos.

4 -  Organizar as carteiras da sala de maneira a evitar a dispersão, alunos com TDAH não devem se sentar próximo as portas e janelas e nem nas últimas carteiras da sala.

5 - Utilizar meios audiovisuais sempre que possível, como filmes curtos, slides, cartazes ou músicas, assim o aluno tem maior chance de se interessar mais e ficar concentrado um pouco mais de tempo, além de poder recorrer aos elementos sempre que necessário.

6 -  Tabelas com prazo, utilização de post-it, lembretes e anotações podem facilitar ao aluno cumprir os prazos e não esquecer das tarefas.

7 - Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova.

8 - Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas.

9 - Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma dificuldade para escrever.

10 - Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.

11 - Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.

12 - Permitir que o aluno se levante em alguns momentos, previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá ao quadro (lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a coordenação buscar algum material, etc., ou mesmo permitir que vá rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este procedimento é extremamente útil para diminuir a atividade motora e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças muito agitadas.

Fonte: www.tdah.org.br

Espero que tenha ajudado. 
Até a próxima